Atualizado em: 5 de July de 2023
Ah, o Dão!
Confesso que tenho uma queda pelos vinhos produzidos por lá! Foi a primeira Região Demarcada de vinhos não licorosos no país, em 1908, e conhecida como a Borgonha Portuguesa.
A 16 km de Viseu, o espaço Paço dos Cunhas possui um restaurante delicioso, um jardim maravilhoso e sua arquitetura pertence a 1609. Ali também está o escritório da adega Casa de Santar.
Mas o passeio começa pela aldeia, as ruas estreitas, as casas em pedra, as flores colorindo o caminho e a paisagem, é muito pitoresco e charmoso.
As vinhas se perdem no horizonte (mais de 100ha), sendo 90ha de uvas tintas e a restante de brancas. Sua maior fração é a Vinha dos Amores, é a encosta mais privilegiada possuindo as melhores uvas de Encruzado e de Touriga Nacional.
Uma relíquia de família
A adega foi fundada em 1790. O lugar é lindo e tem uma cave com vinhos antigos (desde 1955). A RP Ana Teixeira contou que “uma caverna antiga foi deixada pela família dos Condes de Santar. Ali repousam relíquias genuínas das vinhas da família. Mais do que garrafas de vinho, são a alma, o sorriso, como lágrimas de muitas pessoas que trabalham com as vinhas e os vinhos do Dão são para chegar ao coração! “.
O almoço harmonizado
Depois do passeio pela adega: o almoço. O Paço dos Cunhas reinterpreta a cozinha tradicional portuguesa convertendo as especificidades autóctones em delícias da nouvelle cuisine.
A entrada foi uma sopa de tomates com gema de ovo e um raminho de tomilho (harmonizado com Casa de Santar branco, um corte de Encruzado, Cerceal Branco e Bical).
O prato principal foi bochecha de porco com batatas, que estava derretendo na boca, super macio (harmonizado com um Touriga Nacional, da Vinha dos Amores – aquele da encosta privilegiada).
A sobremesa foi uma tarte de amêndoas e uma outra possuía bolinhas cítricas, que explodiam na boca, creme de ovos e sorvete de creme (harmonizando com o Palestra, um Moscatel do Douro) – divino, por sinal! Tudo delicioso e impecável.
O prato principal foi bochecha de porco com batatas, que estava derretendo na boca, super macio (harmonizado com um Touriga Nacional, da Vinha dos Amores – aquele da encosta privilegiada).
A sobremesa foi uma tarte de amêndoas e uma outra possuía bolinhas cítricas, que explodiam na boca, creme de ovos e sorvete de creme (harmonizando com o Palestra, um Moscatel do Douro) – divino, por sinal! Tudo delicioso e impecável.
Fica a dica do passeio! E não se esqueça de não contar sobre sua experiência.
Conheça também o Alentejo, a nossa dica de enoturismo é a Dona Maria Vinhos – Júlio Bastos, localizada em Estremoz, Évora.
Roberta Ortolan
Co-fundadora
Mestra e Doutoranda em Ciências da Cultura,
graduada em Artes, Sommelière ABS-SP/ASI.
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