3 Vinhos portugueses entre os 50 melhores no Decanter World Wine Awards

Atualizado em: 5 de July de 2023

Decanter World Wine Awards
Foto: decanter.com

A maior e mais influente competição de vinhos do mundo

O Decanter World Wine Awards alcançou novamente um feito extraordinário neste ano, estabelecendo um novo recorde em relação ao número de vinhos inscritos, com a avaliação de 18.250 rótulos provenientes de 57 países distintos.

No entanto, não se limita apenas ao aspecto quantitativo. O método de avaliação em três fases, por um júri composto por especialistas renomados internacionalmente, é amplamente reconhecido por sua confiabilidade. Muitos desses especialistas têm participaram do processo de julgamento pela primeira vez.

A edição de 2023 do concurso reuniu um grupo notável de 236 especialistas em vinhos, compreendendo 53 Masters of Wine e 16 Master Sommeliers, provenientes de 30 países diferentes.

Com a participação de mais de 100 juízes internacionais e talentosos especialistas regionais dedicados ao estudo da taça, os resultados do DWWA proporcionam aos consumidores e à indústria um guia confiável para o mundo dinâmico dos vinhos.
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“Best of the Best” do Decanter World Wine Awards

Decanter World Wine Awards
Foto: vinomanos.com

O “Best in Show” é o prêmio mais cobiçado da competição, concedido anualmente apenas para um selete grupo de vinhos que julgam ser o Crème de la crème.

Referente à seleção “Best in Show”, todos os vinhos premiados com a medalha de Platina – os melhores da competição – são submetidos a uma quarta rodada de degustação para determinar o destaque entre eles.

Essa nova avaliação, realizada completamente às cegas, engloba apenas vinhos que receberam pontuação de 97 pontos, tornando a seleção dos Top 50 uma tarefa desafiadora.

Utilizando uma analogia olímpica, essa etapa de julgamento é equivalente à final competitiva, e apenas 50 vinhos se classificam entre os 18.250 avaliados. Em termos percentuais, isso representa apenas 0,27%.

Os juízes e produtores não têm conhecimento prévio dos vinhos selecionados entre os 50 melhores da competição até o momento em que os resultados são divulgados, o que aumenta ainda mais a emoção de revelar o “Best in Show”.
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Os 50 melhores do DWWA 2023

A seleta lista dos 50 melhores vinhos, é proveniente de apenas 15 países, entre o velho e o novo mundo. Dentre eles, o destaque vai para a Austrália com 10 medalhas, na sequência Espanha e França empatados com 8 medalhas, seguido pela Itália (7), Portugal (3), Argentina (2), Alemanha (2), Chile (1), Estado Unidos (1), Nova Zelândia (1), Áustria (1) e Sérvia (1).
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Os 3 vinhos portugueses “Best in Show”

Bland’s, Terrantez 1978 (97 pontos)

Região: Madeira
Casta: 100% Terrantez
Estilo: Fortificado, Vinho madeira
Teor alcoólico: 21% vol.
https://www.blandys.com/pt/

Bland´s Terrantez 1978

Nota de degustação DWWA

 É uma cor de nogueira pálida, com aromas que evocam os aromas rarefeitos dos estágios de envelhecimento em vários níveis, tanto quanto qualquer coisa frutada. 

Como todos os bons Madeiras, porém, o vinho é fresco, limpo, quase revigorante e misteriosamente marinho, como se o vasto Atlântico – e o alcatrão e o salitre de seus veleiros agora perdidos – também estivessem de alguma forma transbordando no vidro. 

Na boca é meio doce, polido, picante e muito longo, com a sua tensão interior e concentração quase chocante fruto da acidez, doçura e das complexidades oxidativas trazidas pelo longo envelhecimento. 

À medida que o vinho sai da boca, não é a doçura que recordará e apreciar, mas sim a própria acidez: saborosa, longa, quase ardente, insaciável e desafiante.
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Cálem, Tawny 40 anos (97 pontos)

Região: Douro
Casta: Touriga Nacional, Tinta Roriz, Touriga Franca, Tinta Barroca
Estilo: Fortificado, Vinho do porto
Teor alcoólico: 20% vol.
https://calem.pt/

Cálem Porto Tawny 40 anos

Nota de degustação DWWA

O processo da mistura envolvido dá a eles uma qualidade elevada e perfumada e uma graça sedosa, ágil e aérea que, combinada com a concentração que é o legado natural da idade, os torna talvez os mais sutis. 

Este vinho tem uma cor clara de nogueira-avermelhada, com aromas refinados e graciosos, onde você pode encontrar baunilha, folha de charuto Havana apagada, especiarias, casca de laranja seca e perfumes oleosos de flores silvestres mediterrâneas. 

Na boca, o vinho é tão suave e sem costura, fresco, leve e gracioso que quase desarma; sua fruta passa e chocolate ao leite se mistura com casca de laranja e casca de limão; com a acidez que também é uma surpresa. Um gole leva a outro; antes que você perceba, o copo estará vazio.
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Quinta da Pedra Escrita 2020 (97 pontos)

Região: Douro
Casta: Touriga Nacional, Jaen, Sousão
Estilo: Tranquilo
Teor alcoólico: 14,5% vol.
https://ruimadeira.pt/

Quinta da Pedra Escrita 2020

Nota de degustação DWWA

Dado o extraordinário potencial do Douro, não é de estranhar que seus vinhos sejam uma presença regular nas nossas seleções do Top 50 Best in Show. Este lote de Touriga Nacional com Jaen e Sousão é um dos tintos de cor mais escura deste ano. 

Calor solar, pedra quente e frutas silvestres escuras como abrunho, ameixa e sabugueiro dominam os aromas, transmitindo amplamente a excitação, energia e força do vinho. 

Na boca, Um vinho de drama e dimensão, potência e dinamismo controlados, com aromas de pedra e fruta impregnados. Acidez intensa, brilhantemente focada e ligada a frutas está lá para trazer equilíbrio, enquanto os taninos são esbeltos, suaves e acessíveis.
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fonte: decanter.com

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Aspectos do Vinho

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